quarta-feira, 25 de março de 2009

Pedro Silva


Posted by Daniel at 12:59
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terça-feira, 24 de março de 2009

Fascículos de besugo - 5


Parece-me às vezes que tendemos todos a ser demasiado severos perante certos e determinados acontecimentos, sobretudo quando estamos assentados em cadeiras um bocadinho altas.
Parece-me cada vez mais que essa severidade (eu nem sei muito bem o que é que "severidade" quer dizer, pensando bem) é mais histriónica do que...
Também não sei muito bem o que quer dizer "histriónica".
Como ignorante do léxico mas respirador diário de ar (e água) sei, ao menos, isto: a análise exaustiva do erro do outro, quando efectuada exaustivamente, devia cansar mais o analista exaustivo do que cansa o analisado exausto.
Eu, por exemplo, suporto muito mal ser analisado. Se calhar ainda suportaria menos ser analisado até à exaustão de quem me analisasse do que aguentaria ser analisado até à minha própria exaustão. Nunca me analisaram, que eu desse conta, até à exaustão de ninguém. Mas parece-me isto. Fico exausto depressa demais, às tantas.
Não sei. Parece-me que os analistas se cansam sempre menos que os analisados e se divertem mais.
Não sou analista. Vou descansar.
Isto não é sobre bola, mas podia ser. Mesmo não sendo, penso que pode ficar aqui.
Sossegadinho, uma espécie de pousio.

Posted by besugo at 23:59
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segunda-feira, 23 de março de 2009

Os Dias de Ferreira


O 'O Dia Seguinte' é um programa de televisão na linha do histórico 'Parlamento': chato, eterno, útil e essencial. Com três comentadores em semi-circulo (José Guilherme Aguir pelo Porto, Dias Ferreira pelo Sporting e, ultimamente, em vez de Fernando Seara pelo Benfica, Silvio Cervan pelo CDS), um moderador (durante muito tempo David Borges, agora substituido por uma pessoa abandonada pela mãe à porta de um hospital há 30 nos), três câmaras a cores e um realizador que todas as segundas-feiras às 22:30 se lembra que se esqueceu em casa de uma panela ao lume, é um daqueles espaços de debate que, não tendo embora qualquer valor intrínseco, terá extrinsecamente um papel fundamental: enquanto o fenómeno futebolístico conseguir financiar em horário nobre uma banheira de viquevaporupe (Vaporub, da Vicks) como aquelas num dos nossos melhores canais, então não temos que nos preocupar com o futuro do desporto favorito das pessoas de bem. O 'O Dia Seguinte' é, pois, como que uma espécie de check-up semanal à conjuntura futebolística: a sua ocorrência a cada sete dias é um sinal claro e fidedigno para financiadores e anunciantes de que o seus investimentos terão retorno assegurado. Posto isto, há que fazer uma ressalva, que é, ao mesmo tempo, um sinal de esperança para o futebol mundial. É que o mito-mítico Parlamento, cujo desaparecimento coincidiu com o inicio da trajectória descendente da Democracia portuguesa, não tinha lá um Dias Ferreira. O Dias Ferreira é, de um modo geral, um sportinguista igual aos outros; mas quando o assunto é árbitros, o Dias Ferreira deixa de ser um sportinguista como os outros para passar a ser uma hibrido aristocrático entre o Pôncio Monteiro sem os ficheiros excel dos casos de arbitragem e o Daniel Serrão sem a boçalidade pós-refeição. As suas viagens discursivas pelo "sistema" são dos melhores espetáculos disponíveis na televisão portuguesa, e hoje, segunda feira, 23 de Março de 2009, apresenta todas as condições para que Dias Ferreira protagonize no 'O Dia Seguinte' mais um dos seus históricos monólogos shakespeareanos. Ainda há esperança.

Posted by maradona at 20:37
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sábado, 21 de março de 2009

A vida difícil de um baterista


Não queria abusar da vossa paciência para este tipo de analogias mas, pelo menos, a música agora é outra:

«Porto won the European in 1987 and 2004 and have 23 Portuguese titles. They are very much the Ringo Starr of the English quartet - a great history cannot disguise a lack of charisma» - The Guardian, 20/03/2009

Ringo Starr vs John Lennon:



«(...) when asked in an interview once "Is Ringo Starr the best drummer in the world?" Lennon quipped "He's not the best drummer in the Beatles!"» - LyricsFreak

Posted by Daniel at 15:12
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sexta-feira, 20 de março de 2009

Manchester


«No band ever survived the death of their lead singer». Esta sentença, retirada do filme 24 Hour Party People, serve para o passado, para o presente e para o futuro, basta mudar o tempo do verbo, não custa muito. Contudo, há sempre excepções, histórias que escapam à regra assim formulada. São raras mas existem, que eu já as vi ou então contaram-me e eu acreditei. Se tudo correr normalmente, o Porto, nos quartos de final da Liga dos Campeões & Quase Campeões, há-de ir desta para melhor (para pior, se quisermos ser exactos). Não vale a pena iludirmo-nos pois isto é mesmo assim, e seria sempre assim a menos que Nyon nos tivesse oferecido o Villareal. Mas, claro, também pode acontecer que, na próxima eleminatória, um grama e meio de inspiração e um par de noites em grande, acabem por deitar os ingleses ao chão. No entanto, esse destino será sempre uma surpresa, uma feliz harmonia do universo, um daqueles telefilmes de domingo em que a adolescente tímida, com dioptrias, conquista o coração do rapaz garanhão e milionário (porque afinal ela até é gira quando tira os óculos e solta o cabelo e ele, no fundo, revela-se um moço inseguro e sem cheta para mobilar a mansão).

Agora, pelas vossas alminhas, lembrem-se que o Manchester se transformou nesse clube miserável que deixa, repetidas vezes, o brasileiro Anderson sentado no banco de suplentes, um jogador que no Porto jogaria todas as partidas a titular, desde que conseguisse evitar as chuteiras do Katsouranis (claro que ele não fez de propósito, não me lixem a frase com essas coisas). Em resumo: o sorteio foi uma calamidade (the death of our lead singer) e chegou a altura de tentar sobreviver (some bands do).

Posted by Daniel at 20:02
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Fascículos de besugo - 4


Vai jogar-se amanhã a final da Taça da Liga, que é uma competição prestigiada, apenas, pelo facto de o Sporting ter estado em 100% das suas finais, embora, até agora, tenha saído derrotado em 100% delas.
Esta última estatística deverá, amanhã, passar a ser de 50%. Acredito nisto ainda mais do que na conquista do título nacional, título esse que considero praticamente inevitável derivado a uma data de raciocínios que efectuei nos últimos dezoito minutos e, fundamentalmente, porque uma preta que faz aquilo dos búzios assim mo garantiu, mediante nota de vinte euros.

Deixemos isto. A final da Taça da Liga é tão "bola" como o que vou contar-vos a seguir.
Como sabeis, bastando a quem não sabe consultar o meu perfil (que é helénico), eu vivi um ano nos Açores. Em São Miguel.
Fui para lá trabalhar e, se calhar, apesar de rimar, por lá devia ter ficado. Adiante.
O certo é que, enquanto lá estive, tentaram convencer-me a praticar vários desportos. Ele era o mergulho, mas eu tinha medo das embolias gasosas e não fui; ele era a natação (nadei no mar, sempre cinzento da areia preta), ele era o futebol de onze (ainda fui ao União Micaelense mas lembrei-me do Malaquias e os senhores sabem que uma ilha é sempre pequena demais para crimes e humilhações), ele foi o futebol de cinco. Ora aí está, o futebol de cinco.

Aquilo jogava-se entre colegas e o campo, que era de cimento liso, ficava para os lados da Fajã de Cima, perto do lugar onde está agora o novo Hospital, penso eu. Na altura, aquilo era um recinto pertencente a um Centro Psiquiátrico, ou assim. Já não me lembro bem.

O certo é que se disputaram ali alguns renhidos jogos de bola, muitas vezes com doentes internados à baliza (e alguns deles enxarcados de psicotrópicos), por falta de quorum externo.

Que queres tu, besugo?
Nada, acabo já.
Na primeira jogatana eu ainda não estava habituado à humidade micaelense. Estava calor, não era um calor excessivo, mas havia ali (julgo que ainda há) sempre uma abafação húmida que fazia "aganar" sem aviso.
Foi o que me aconteceu.
Um toca e foge pela ponta direita, um receber a bola (impecavelmente) cinco metros mais à frente e, depois, chutar cruzado, ao segundo poste, grande golo, voltar para trás a festejar sozinho, sempre em aceleração... e cair para o lado.
Falta de ar, suores, a malta à minha volta a dizer "o gajo vai morrer" e eu a pensar "filhos da puta, sois médicos como eu, foda-se, safai-me!", e um a sussurrar, o que me sossegou, "dai-lhe só espaço, o tipo fuma e só chegou aqui há um mês, ainda não se habituou a correr respirando água".

Fiquei mais calmo com a voz do entendido e aquilo era verdade, ou devia ser, porque me quedei ali deitado alguns minutos, num muro, depois arribei e fui lá para dentro outra vez, com fome de fintas.

Nunca mais me aconteceu um abafanço destes, depois disso. Também não admira: há muitos anos que não jogo futebol de cinco a respirar água das ilhas.
E chegou, entretanto, o Futsal, até há um Ricardinho e um Bebé que jogam isso. E um Zezito, este é do Sporting e tudo, já meio cota.
Cheira-me que o Veloso vai acabar aí, no Futsal: "Miguelito, jogador do Sassoeiros, acaba de entrar, substituindo Gonçalinho".

Mas amanhã ganhamos. Até por isto tudo. Olhai, ganhamos até pelo facto de o guarda-redes dos outros, naquele dia, aquele que bati com classe e subtileza antes de me dar a sufocação que me ia fazendo desertar dos vivos, ser um dos esquizofrénicos internados naquela área para-desportiva e, para ser sincero, dever estar esse indivíduo com semelhante moca de drogas enfiadas pela esplancnologia abaixo que só lhe faltava um miligrama de alprazolam adicional para adormecer entre os postes. Chamava-se Quinzinho Moreirinha.

Isto também é bola, vou-me mantendo em relativa paz, já não tenho mais sítio nenhum onde escrever, de maneira que penso que isto pode ficar aqui.

Posted by besugo at 20:01
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quinta-feira, 19 de março de 2009

hay gajos muita malucos


Messi: "Hay cosas que no se pagan con dinero como estar en el Barça" - Aqui.

Posted by maradona at 19:01
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sexta-feira, 13 de março de 2009

Fascículos de besugo - 3


Um campo da bola é bastante grande. Mesmo o campo do CDUP era grande, já em 1980. E era relvado (tinha chovido bastante e, sobretudo na faixa esquerda de quem ataca, isto visto da bancada central, a "relva" tinha perto de 30 cm de altura e havia pelo meio dela florzinhas amarelas; felizmente só fui a essa parte do campo em missão contemplativa, na segunda parte).
Mas a ideia é esta: é grande. Um campo da bola é grande e, mesmo hoje, a maior parte dos jogadores profissionais de topo, tem a bola controlada nos pés para aí 5 minutos por jogo (tirando o Messi, o Hulk, o Gerrard, o Cristiano, mais vinte e tal, e um tipo que agora não me lembro mas que joga no Saint Etiènne).
Naquela manhã eu era para jogar a médio-centro. Fiquei logo aborrecido porque faltou não sei quem, o tipo que mandava e que depois esteve em Macau com o Melancia e que vinha jogar directamente do "Twin's" queria jogar a ponta de lança, ao tipo que era defesa do Paços de Ferreira-B deu-lhe para cismar que queria ser médio-centro, houve sururu interno (até as chuteiras foram motivo de controvérsia no balneário mas eu fiquei com as que queria, ao menos isso) e, quando penetrámos o "ervado", nós, os talentosos alunos do 2º ano de Medicina, íamos de trombas uns com os outros. E eu com o nº 2 nas costas. Defesa direito.
Os do 4º ano não sei se tiveram discussão entre eles. Sei que o Malaquias, preto da Guiné, era o 11. Ou seja, aquele era comigo. Extremo esquerdo. E ele ria-se muito, estava sempre a rir-se, mesmo no 01, lá no S. João, entrada e pousio de estudante, os dentes lhe brilhavam. E tinha pinta de "boleiro".
E estava sempre a rir-se. Riu-se para mim e tudo, à entrada, mas eu só lhe grunhi, porque ainda estava amuado com o tipo que era o dono "da nossa bola", esse que nem sei se acabou o curso, mas depois foi para Macau, isso sei, altos cargos, encontrei-o de fato e gravata (ele) num Leixões - Sporting, anos mais tarde, no tempo do Jorge Gonçalves, ganhámos lá 2-0. Naquele dia estava ali a ponta de lança chefe, sem ter dormido, mas mandava, era da Associação. Não ganhou uma puta duma bola, mas cuidado com ele, se calhar ainda hoje.
Ganhámos 3-2. Marquei um golo, já na fase final do "fé em Deus", uma espécie de "ao calhas" na sobra dum canto.
Mas nos primeiros quinze minutos, eu a defesa direito e encarregado do Malaquias, com relva curtinha para ambos (do outro lado é que estava a vegetação de quintal), valha-me Deus.
O Malaquias estava sempre de tacha arreganhada. Vinha pela linha e simulava para dentro, depois ia por fora, ficava eu escarranchado para dentro. Vinha de dentro, simulava para fora, seguia mais para dentro ainda e deixava-me a deslizar pela lateral num ranger de dentes. Eu tinha de acabar com aquilo, até porque havia putedo loiro que já se ria de mim, só podia ser de mim, na bancada, de maneira que decidi apontar-lhe às canetas sem olhar demasiado para a bola. Eu não podia berrar para o putedo "olhai que eu não sei jogar aqui, a defesa direito, muito menos com este nharro!", de maneira que o fui tolhendo.
Levou a primeira e riu-se no chão, "ó pá, isso é falta, pá!", e foi, foi falta. Livre. Levou a segunda e a terceira e eu disse-lhe, a dada altura, para ir jogar para o outro lado senão levava mais, ele a rir-se na mesma, ainda no chão. O árbitro, que era um tipo do 6º ano, não me lembro agora dele, advertiu-me: "então, pá?, isto é assim, à chancada?, queres ir para a rua?", e eu disse-lhe "olha, anda cobri-lo tu que já me entendes!".
O Malaquias, que naquela manhã me pareceu ter a bola controlada nos pés para cima de 10 minutos seguidos e que, ainda por cima, parecia dedicado a humilhar-me enquanto quisesse - e fê-lo nesses 10 minutos, até porque vinha sempre direito a mim até se me escapar como uma enguia -, era afinal bom tipo.
Espero que ainda seja bom tipo, lá onde está. Como tinha dois pés bons, foi jogar na ponta direita dele, onde acabou por se cansar, e deixou-me em relativa paz, até ao fim do jogo, na minha ponta direita recuada.
É em relativa paz que me sinto agora, de maneira que reescrevi isto e, como não deixa de ser sobre bola, embora já uma bola antiga, parece-me que pode ficar aqui.
Em paz, também, relativamente.

Posted by besugo at 19:43
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Fascículos de besugo - 2


Eu podia evitar lembrar-me dos jogos recentes com o Bayern, quanto mais falar neles.
"Então por que é que não fazes isso, ó besugo?".
Porque há uma missão pedagógica em cada peixe, por Neptuno.
Aqueles dois jogos tiveram um desfecho que é perfeitamente gozável por quem quiser fazê-lo: alemães, gajos e gajas que gostam de alemães, senhoras e senhores que apreciam Rui Santos e Carlos Queirós, benfiquistas, portistas, sacavenenses, Sean Penn, outros seres caracterizados por uma deficiente higiene pessoal, cançonetistas e sérvios.
Tudo é gozável, aliás. Mas há condições.
Ser agora objecto de gozo não é novidade para qualquer sportinguista. Olha, logo nós.
Está certo que os benfiquistas se sentem, de certa forma, com as hemorróidas aliviadas. Os lampiões que se lembram disso (porque há quem tenha só memória selectiva, a começar pelo nosso primeiro ministro, isto se me não falha agora a memória globo-eleitoral) tinham aquilo dos 7-1 em Alvalade e dos 7-0 em Vigo um bocadinho atravessado abaixo da ampola rectal, ali quem sobe.
A sério. Fiz uma pesquisa neste site e verifiquei que as vendas de Scheriproct e Faktu a adeptos benfiquistas diminuiu cerca de 7% desde o jogo Bayern-Sporting: ou seja, a verdade é que a maior parte desses doentes crónicos ainda tem muitíssimos sintomas.
Fico relativamente contente com esse refrigério relativo: se tanto lhes doía, que esta lambidela de Santa Bavária os alivie um pouco.
Agora, duas coisas:
1 - Um Sportinguista não goza com o Sporting nem o achincalha na hora má; ou se cala, ou destempera para cima dos outros à pantufada, ou comenta "entre pares" que aquilo foi uma merda. Mas só entre pares e, de preferência, já nas bancadas de Alvalade para ver a vitória sobre o Rio Ave.
2 - O que aconteceu ao Sporting, este mês, no Sporting - Bayern e no Bayern - Sporting, foi o mesmo que teria acontecido ao Porto, ao Benfica, ao Braga ou ao Nacional, caso coubesse a qualquer uma destas equipas estar ali, naquelas noites, e lhes calhasse estarem tão mal naquelas noites como o Sporting esteve (e esteve), e ao Bayern lhe calhasse estar tão "em estado de graça" naquelas noites (como também esteve).
Não é por coisas destas que eu amargo, não é por acidentes destes que me saltam as veias do plexo hemorroidário, já em sangue vivo. Não.
Fico só muito chateado, por vezes nem durmo bem, mas quando adormeço ainda mantenho alguma lucidez nos pesadelos: "leiteirões dos alemães, cabrões de merda, que nos saiu tudo tão mal nas noites em que lhes saiu tudo bem a eles e, naquelas noites, era entre nós e eles, ainda por cima!".
Neste fascículo era só.

Posted by besugo at 18:25
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Fascículos de besugo - 1


Isto tem de ir em fascículos porque, quando tento escrever tudo duma vez (e a falar também me acontece, devo ter uma espécie de dislexia prolixa bivalve, ou outra coisa qualquer assim grave) ficam as frases todas empasteladas e, depois, mesmo em termos de comentários, noto com tristeza que algumas pessoas que não padecem deste meu problema – o que deve ser uma benesse considerável – me interpretam mal, que é, de facto, como eu devo ser interpretado.
Refiro-me concretamente ao comentador que assina como quem gargalha e depois acrescenta um algarismo, ali para baixo: o AHAHAHAH 7.
Diz ele, depois do jogo Bayern – Sporting, em 11 de Março, o seguinte, dirigindo-se a mim: “Tens de arranjar sete novas tácticas otário.”.
Lá está por que é que isto tem de ser em fascículos, que é para eu não baralhar pessoas inteligentes com escritos longos e mal arranjados.
O comentador AHAHAHAH7 (que presumo poder chamar-se António Heitor Amendoim Heleno Amargo Henriques Amorim Hamster, podendo ainda ser que o algarismo 7 signifique o número de centímetros do seu pénis erecto – ou, no caso de o comentador ter opções de vida menos tradicionais, o número de elementos de boys-bands que já amou em segredo) tem razão quando me chama otário. O comentador tem sempre razão , aliás. Neste caso tem mais ainda porque, repito, além de eu ser, de facto, um otário, explico-me mal.
E as consequências são nefastas para mim: uma táctica e umas considerações que se destinavam, quando as pari, ao jogo Sporting – Paços de Ferreira (que acabámos por ganhar por 2-0), acabaram por causar em AHAHAHAH7 uma confusão mental legítima, levando-o a recomendar-me que arranjasse sete novas tácticas.
Lá está. É só reler o que eu escrevi que se percebe toda a razão que assiste a AHAHAHAH7: aquilo que eu escrevi é interpretável, por atabalhoado que eu sou, como se eu me referisse ao jogo com o Bayern. A sério, reli aquilo e já ninguém me tira esta ideia.
Por isso é que a partir de agora isto vai em fascículos. E este até já vai longo. Termino, portanto, desejando a AHAHAHAH7 uma excelente Páscoa e cuidado com os papilomas e que, ao menos, o algarismo 7 signifique que já teve uma paixão platónica pelo Melão e mais outros seis, ou assim, mas sem penetração. Se bem que se o 7 significar o que me ocorreu poder apoquentar AHAHAHAH7 em primeiro lugar, a coisa também não deva permitir grandes penetrações a AHAHAHAH7.
Nem sequer penetrações “entre linhas”, como diria Freitas Lobo, esse analista de PlayStation e X-Box.
Já agora, analista vem de análise, isto antes que seja outra vez mal interpretado e, uma vez mais, por culpa minha, o que pretendo evitar a todo o custo e sobretudo a partir de agora que vi a luz.

Posted by besugo at 18:09
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Hulk Smash Hands


Posted by Daniel at 08:19
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quarta-feira, 11 de março de 2009

O Real Madrid também


«São dois resultados que mancham a trajectória do Sporting. Acabam por estragar o bom que fizemos na primeira fase.» - Paulo Bento

Esta é uma declaração sensata e revela bem, entre outras coisas, que é impossível ter tudo nesta vida injusta e germanicamente implacável. Nas actuais circunstâncias, qualquer equipa portuguesa, que chegue longe na Liga dos Campeões, fica também mais perto de poder ser goleada. Não vejo forma de resolver este problema que não passe por magnatas dos Emirados Árabes Unidos, interessados em comprar o Sporting de Braga ou o Belenenses.

Posted by Daniel at 12:24
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sábado, 7 de março de 2009

Adjuntos é ... isso mesmo.


Tiago
Pedro Silva
Carriço
Polga
Caneira
Adrien
Izmailov
Vukcevic
Moutinho
Derlei
Liedson

Desta vez tem de ser Moutinho a 10, não há Rochemback e o Pipi está a recuperar para voltar a ser o 69 do costume ao canto direito do banco.

Caneira a defesa esquerdo, porque se o Vukcevic jogar (e deve jogar) não sabe defender e o Caneira sobe pouco.
Pedro Silva porque apreciei uma capa dum jornal desportivo em que ele estava a desfigurar o Lisandro Lopez ainda mais do que já o faz aquela barbicha de bode que o Lisandro Lopez decidiu incrementar na região mentoniana.
Agora vamos ver uma coisa.
No Paços, é provável que joguem juntos o Paulo Sousa e o Pedrinha. Contra as outras equipas costuma estar sempre um deles lesionado, mas contra o Sporting - sem ler nenhum jornal - acho que podem estar os dois em condições de jogar. Cuidado com isso.
O Paulo Sousa do Paços de Ferreira é, aliás, muito melhor jogador que o Paulo Sousa que ganhou duas taças europeias, uma pelo Dortmund e outra pela Juventus. Eu digo isto desassombradamente e, até, como acto de misericórdia: qualquer pessoa pode vir dizer-me, à conta desta afirmação e doutras, que sou um imbecil. E até o maradona escusa de pôr a fotografia da entidade patronal de cu para o ar (bem boa, a tua patroa, já agora) enquanto ganha tempo para os antibióticos lhe fazerem efeito: pode vir dizer apenas que "ó besugo, tu dizes cada alarvidade que fazes parecer o Luís Freitas Lobo um crítico de Carlos Queirós, em lugar de parecer, apenas, um menino amuado que acumulou memórias e continua a achar que a política de formação futebolística é uma obrigação do seleccionador nacional".

Estiveste bem nessa parte, aliás, maradona. Eu acho o Camilo Lourenço um tipo esperto e pouco dado a prestar serviços em público, se calhar até estou enganado, paciência, mas gostei das farpas ao Queirós (e do amuo do Freitas Lobo, coleccionador de cromos e memórias que, depois, o embaraçam, parece que nunca jogou à chincha - e, se jogou, devia ser ele o dono da bola, tipo "se eu não jogar, jogais com as pedras!", não sei se há aqui a ler alguém desse tempo em que comprar uma bola não era muito fácil e, por isso, o dono dela, mesmo que se chamasse Francisco George, era sempre titular) embora o facto de não ser um tipo nitidamente do Sporting me provoque uma espécie de urticária no estômago, que é um órgão que, em não tendo tumorações, é mais ou menos oco por dentro. Não aproveitem para falar dos entrefolhos da minha caixa craniana e seu conteúdo, nem para fazerem piadolas fáceis a esse respeito, já agora.


Vamos ganhar 3-0. Mas só se correr bem. E o João Vieira Pinto é tonto: confunde o talento que teve e tem com formações ministradas por professores adjuntos. Foi no bairro do Falcão, João, e no Boavista. Cala-te. Um seleccionador A é isso mesmo, um seleccionador A, não passa disso, é mesmo isso que se quer que ele seja. A formação é uma questão de escola ou de talento puro e eu detesto ver tipos que já são calvos atrás a desculparem-se de não serem capazes de serem bons treinadores e seleccionadores A com o facto de o anterior treinador e seleccionador A não ter feito um bom programa de formação de canalha desde os 12 anos, ou isso.
Isto acaba, no fundo, por me chatear. Perder 6-3 em casa com o Benfica, ó Queirós? Devias ter vergonha, nem devias sequer falar, irritas-me. Bastava isso, és odiento e palavroso e ... foda-se!
Vou ver o jogo. Não te aprecio, Queirós, isto que te seja claro. És... chato.

Posted by besugo at 18:26
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sexta-feira, 6 de março de 2009

bom partido


fui instrumentalizado pela minha entidade patronal, por isso este atraso na defesa da minha estatura moral. é que estou quase tão ofendido como o luis de freitas lobo ontem depois de ouvir as críticas do camilo lourenço ao carlos queirós, não se enganem. e isto cresce com o tempo.

Posted by maradona at 13:24
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terça-feira, 3 de março de 2009

Dabide ou Davidoff?


E a variância? Ninguém fala na variância? Só olhar para médias, não chega. O problema do Sporting não é a média dos pesos dos seus trabalhadores, mas sim o triste destino de ter reunido, no mesmo plantel e no mesmo salão de jogos, os finguelas do Pereirinha, do Liedson, do Carriço e do Moutinho, ao mesmo tempo que autorizava a entrada, na sua cantina, dos tanques Rochemback, Pedro Silva, Miguel Veloso e Vukcevic II.

Se eu andar de estômago vazio e tu aviares um frango inteiro com piripiri, em média, nós comemos meio-frango (com piripiri, valha-nos isso). E ser gordo nem sempre significa pesar muito. Como alguém disse - e bem - o António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF, é o careca mais cabeludo de Portugal.

Posted by Daniel at 19:28
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Que coisa


As minhas teorias não foram feitas para serem desmentidas menos de 24 horas após terem sido expostas sem erros ortográficos. Que se deixe, ao menos, tempo igual ou superior ao periodo de ingestão de 3 Clavamox DTs. Tenho a dignidade aos pedaços. Deixem-me só ir ali. Dentro de nãomais que 4 Clavamox DTs estarei aqui a repôr a honra

Posted by maradona at 12:43
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domingo, 1 de março de 2009

A teoria do 66


É por minudências destas que, de vez em quando, valha-lhe Deus.
Agora veio com a teoria do peso. Levámos 5 do Bayern em casa e empatámos no Porto por, diz ele, basicamente, isto:
1 - Temos uma equipa constituída por jogadores menos pesados que os do Bayern.
2 - Temos uma equipa constituída por jogadores com o mesmo peso dos do Porto, que, por sua vez, também são, portanto, menos pesados que os do Bayern. Por isso é que empatámos no Dragão, por eles serem mais leves que os bávaros e terem o mesmo peso que nós.
Das alturas não falou, já agora, mas depois eu explico que isso também não valia a pena.
Bom.
Temos, de facto, uma equipa constituída por jogadores menos pesados que os do Bayern.
A média ponderal global, ou seja, por jogador de cada equipa, nesse jogo de merda, é esta:
Sporting - 72 Kg
Bayern - 80 Kg
Por sectores também podemos ver isso:
Na defesa: Sporting - 76 Kg; Bayern - 79,2 Kg
No meio campo: Sporting - 68,8 Kg; Bayern - 77 Kg
No ataque: Sporting -67,5 Kg; Bayern - 87,5 Kg
Ou seja, este Bayern pesa mais 88 Kg que o Sporting. 80 menos 72 dá 8 e 8 vezes 11 é 88.
Vamos ver quanto pesava a equipa do Porto que jogou contra o Sporting (sendo que, nesse jogo, a média ponderal da nossa equipa, o Sporting, era igual à daquela que jogou com o Bayern, ou seja, era também de 72 Kg; eu estive a ver isto, de maneira que se duvidam vão lá os senhores fazer contas):
Pesava essa equipa do Porto, em média, 78 Kg. Por jogador.
Também estive a ver por sectores, mas acrescenta pouco, até porque o Bayern e o Sporting jogam em 4-4-2 (o Sporting com aquela merda do losango) e o Porto em 4-3-3. Mas ia dar na mesma, em média, um peso superior, sector por sector, para o Porto.
E o Porto em relação ao Bayern: bom, é fazer as contas, há uma diferença média de 2 Kg por jogador entre ambas as equipas, ou seja, o Bayern pesa mais 22 Kg que o Porto, que é o que dá 11 vezes 2.
Ora então temos isto. Um indivíduo que não percebe nada de futebol e que, ainda por cima, escreve num blogue em que ninguém (mas isto é verdade: ninguém!) parece querer entender que no dia em que o Rochemback (genuflectemos, ou flectamos... olhem, ajoelhemos, pronto) for colocado a jogar a 10, não só não perderá a capacidade de distribuição racional de "fruta" como, finalmente, alguém aparecerá a rematar segundas bolas para a puta da baliza, ou a fazer passes em condições para os dois crioulos ou para o Postiga - eu do Djaló e do Tiuí nem falo, até porque, ainda por cima, fodem ainda mais a teoria ponderal do maradona e já basta o que basta -, dizia eu, um indivíduo deste calibre vem dizer o seguinte:
- O Sporting levou 5 do Bayern, em casa, porque pesa menos 88 Kg que os bávaros.
- O Sporting empatou 0-0 com o Porto, fora de casa, porque pesa só menos 66 Kg que os tripeiros.
- Ou seja, nós em jogando com equipas que pesem só mais 66 Kg que nós, empatamos fora; agora se pesarem mais 88 Kg que nós, lá está, essa diferença de 22 Kg dá para levarmos 5 secos em casa.
Está bem, está. Há-de haver outra explicação qualquer, ó senhor engenheiro. Mas olha que também não é pelas alturas que lá vais, antes que te canses aí a ruminar: aquela equipa do Bayern que jogou contra nós tem uma média de alturas de 1,82 m, aquela equipa do Porto que jogou contra nós tem uma média de alturas de 1,83 m e, o nosso Sporting mais alto, aquele que jogou contra o Porto, tem uma média de... enfim, aquilo dá 1,77 m (arredondado para cima).
Eu, depois destes dislates, tenho de "ultimatar": ou me põem o Rochemback a 10 ou eu ponho aqui um retrato do Fidel Castro a dar as tácticas ao Maradona (o outro, o que há uns anos lhe deu, e muito bem, para desatar às chumbadas aos jornalistas) para os jogos da Argentina!
(os dados sobre quanto pesam e medem os gajos foram recolhidos em 18 sites oficiais sobre essas merdas, por isso muita atenção a desmentidos precipitados e filhos duma preguiça impeditiva duma pesquisa séria)

Posted by besugo at 17:55
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Crítica de capas de jornais desportivos


O O Jogo e a A Bola repetiram a capa, mas os três jornais desportivos dão-nos hoje três razoáveis primeiras páginas. Uma boa primeira página terá sempre que obedecer pelo menos quatro critérios: ser representativa da realidade, minimamente caricatural, graficamente competente e do meu agrado. Hoje foi um Domingo feliz:





Posted by maradona at 14:45
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