Figueira da Foz
Talvez seja preciso ter trocado umas quantas tardes de Sol por umas horas a jogar Gran Turismo 4 para se compreender que o circuito da Avenida da Liberdade não é uma coisa descabida, muito embora façam falta alguns ângulos rectos que, por exemplo, o circuito de Nova Iorque permite. Talvez não tivesse sido mau esticar o circuito Rua do Ouro abaixo de modo a contornar uns quarteirões, mas entendo que a lomba gigante em que essas estradas se transformaram não permita boas práticas da modalidade. Gostava de perceber como é que as cidades quentes lidam com estas situações. No Calvário o alcatrão junto às paragens de autocarro tem o bonito efeito de uma onda preta congelada a tentar comer o lancil do passeio. Isto e os óbvios buracos são tudo coisas que podiam ser integradas com interesse (estou a falar a sério) numa próxima edição do jogo.
Mas se isto dos carros foi perigoso para a minha saúde, as pessoas praticamente desistiram de mim nos tempos do CM, situação que consegui abandonar quando ainda se podia ir buscar o Pablo Aimar ao River Plate que era um valor seguro e relativamente escondido (aliás, bom ano para compras na Argentina: bem organizado o orçamento ainda era possível trazer o Walter Samuel, o Sorin e o Marcello Gallardo, já mais velhote que os outros mas um bom médio esquerdo e direito). Ainda instalei um FM depois da cisão, mas a magia tinha morrido, para sossego dos meus familiares próximos. A minha última equipa foi esse némesis dos benfiquistas, o PSV, durante oito épocas, sete títulos do campeonato holandês e cinco finais da Liga dos Campeões, todas perdidas.
Só consegui ganhar Ligas dos Campeões com o Benfica e a Naval, na altura um bom clube para se começar da segunda divisão e a concretização da fantasia de pôr a equipa da terra a jogar com o Barcelona em Wembley. À parte disso, de um playoff da Segunda Liga de Básquete com o Ginásio Figueirense e um momento em que num torneio de juniores um rapaz chamado Canita se livrou junto à bandeira de canto de seis jogadores do Benfica e arrancou para a área, nunca sofri ou torci muito pela Naval. Há várias feridas por sarar como não ter conseguido um lugar na equipa de juvenis apesar de tanto trabalho ingrato na posição mais aborrecida da história do futebol (o felizmente abolido central de marcação) ou no primeiro jogo de sempre na primeira Liga, depois de 105 anos sempre abaixo, em estreia contra o Porto, num jogo de bilhetes de 30 euros em casa, ter levado uma tareia como os outros. Amores por resolver.
Há mesmo uma parte cá dentro que lamenta não saber que post é que o Daniel já tinha prontinho para mim se a Naval tivesse espetado um ou dois secos ao Benfica. Terei que viver com isto.
Mas se isto dos carros foi perigoso para a minha saúde, as pessoas praticamente desistiram de mim nos tempos do CM, situação que consegui abandonar quando ainda se podia ir buscar o Pablo Aimar ao River Plate que era um valor seguro e relativamente escondido (aliás, bom ano para compras na Argentina: bem organizado o orçamento ainda era possível trazer o Walter Samuel, o Sorin e o Marcello Gallardo, já mais velhote que os outros mas um bom médio esquerdo e direito). Ainda instalei um FM depois da cisão, mas a magia tinha morrido, para sossego dos meus familiares próximos. A minha última equipa foi esse némesis dos benfiquistas, o PSV, durante oito épocas, sete títulos do campeonato holandês e cinco finais da Liga dos Campeões, todas perdidas.
Só consegui ganhar Ligas dos Campeões com o Benfica e a Naval, na altura um bom clube para se começar da segunda divisão e a concretização da fantasia de pôr a equipa da terra a jogar com o Barcelona em Wembley. À parte disso, de um playoff da Segunda Liga de Básquete com o Ginásio Figueirense e um momento em que num torneio de juniores um rapaz chamado Canita se livrou junto à bandeira de canto de seis jogadores do Benfica e arrancou para a área, nunca sofri ou torci muito pela Naval. Há várias feridas por sarar como não ter conseguido um lugar na equipa de juvenis apesar de tanto trabalho ingrato na posição mais aborrecida da história do futebol (o felizmente abolido central de marcação) ou no primeiro jogo de sempre na primeira Liga, depois de 105 anos sempre abaixo, em estreia contra o Porto, num jogo de bilhetes de 30 euros em casa, ter levado uma tareia como os outros. Amores por resolver.
Há mesmo uma parte cá dentro que lamenta não saber que post é que o Daniel já tinha prontinho para mim se a Naval tivesse espetado um ou dois secos ao Benfica. Terei que viver com isto.
Posted by Sérgio on segunda-feira, 27 de outubro de 2008 at 18:56
Permalink
Porra. Lá vou ter que instalar o FM. Obrigadinho...
Posted by Anónimo | 27 de outubro de 2008 às 19:34
O Marcelinho daria jeito nessa equipa do CM.
http://chutodeletra.blogspot.com/
Posted by Carlos Saraiva | 27 de outubro de 2008 às 23:14