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Manchester


«No band ever survived the death of their lead singer». Esta sentença, retirada do filme 24 Hour Party People, serve para o passado, para o presente e para o futuro, basta mudar o tempo do verbo, não custa muito. Contudo, há sempre excepções, histórias que escapam à regra assim formulada. São raras mas existem, que eu já as vi ou então contaram-me e eu acreditei. Se tudo correr normalmente, o Porto, nos quartos de final da Liga dos Campeões & Quase Campeões, há-de ir desta para melhor (para pior, se quisermos ser exactos). Não vale a pena iludirmo-nos pois isto é mesmo assim, e seria sempre assim a menos que Nyon nos tivesse oferecido o Villareal. Mas, claro, também pode acontecer que, na próxima eleminatória, um grama e meio de inspiração e um par de noites em grande, acabem por deitar os ingleses ao chão. No entanto, esse destino será sempre uma surpresa, uma feliz harmonia do universo, um daqueles telefilmes de domingo em que a adolescente tímida, com dioptrias, conquista o coração do rapaz garanhão e milionário (porque afinal ela até é gira quando tira os óculos e solta o cabelo e ele, no fundo, revela-se um moço inseguro e sem cheta para mobilar a mansão).

Agora, pelas vossas alminhas, lembrem-se que o Manchester se transformou nesse clube miserável que deixa, repetidas vezes, o brasileiro Anderson sentado no banco de suplentes, um jogador que no Porto jogaria todas as partidas a titular, desde que conseguisse evitar as chuteiras do Katsouranis (claro que ele não fez de propósito, não me lixem a frase com essas coisas). Em resumo: o sorteio foi uma calamidade (the death of our lead singer) e chegou a altura de tentar sobreviver (some bands do).

Posted by Daniel on sexta-feira, 20 de março de 2009 at 20:02

Calamidade ou não, é o que se vai ver dentro de campo. Se fosse Sportinguista, eu duvidaria que os jogadores do meu clube fossem dar o seu máximo nos dois jogos. Mas como é o FCP, tenho a certeza que não vai ser assim.

Calamidades antecipadas só mesmos para os lados da 2ª circular, onde mora uma equipa cujos futebolistas profissionais (!!!) decidem jogar a rítmo de treino contra o Bayern de Munique. Essas raras "harmonias do universo" que configuram as grandes vitórias do FCP contra colossos da Europa, podem ser raras, mas ainda assim existentes e quantificáveis. Uma possibilidade que pode ser descrita recorrendo aos mais banais métodos estatísticos. Já o caso do Sporting (e Benfica), só recorrendo ao senhor Heisenberg e ao exemplo do gato de Schrödinger. Coisas que roçam o esotérico, portanto....

Na ausência de um recurso histórico/estatístico aqui à mão de semear, vou arriscar referir-me a esta delicada matéria recorrendo apenas à memória. Trata-se dum exercício delicado, tendo em conta não só o elevado número de vitórias Dragonianas nessa Europa da bola, como também o estado actual do meu "baú de recordações" que devido a factores aos quais não me interessa agora aludir - drogas, álcool, etc - não é o melhor.
Portanto, se bem me lembro, apanhamos os Vermelhos de Manchester em meados dos anos 80. Na primeira mão, disputada em pleno Estádio das Antas, aviamos os gajos com 4 secos. Só 3 foram à conta do Duda. No jogo em Inglaterra - já com a eliminatória no papo - permitimos ao adversário uma vitória de Pirro por 5 a 2. O inesquecível Seninho - que viria mais tarde a enveredar por uma carreira de comentador mal sucedida - facturou os dois golos e a malta aproveitou para o vender ao Cosmos.
Mais recentemente, como é do conhecimento geral, fomos arrumá-los em pleno Old Traford com aquela maldade do Costinha perto do final do desafio. Essa época gloriosa (não há álcool ou droga que ma tire da memória) terminou com o almejado caneco da Champions nas nossas mãos.
Vale a pena pois reflectirem sobre as contundentes palavras que acabo de vos deixar. Só para que não façam prognósticos precipitados.

Por acaso tenho de fazer uma confissão que está presa na minha garganta há mais 20 anos:

OS NEW ORDER SÃO MELHORES QUE OS JOY DIVSION!

(pronto já o disse)

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