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Lições pequenas de besugo sobre a bola (2)


Não se dirimem razões sem se ter expresso uma razão antes, de maneira que me parece apropriado vir explicar ao comentador Ricardo, que me apelidou de besugo doidinho ou estragado - e não vim aqui para negar isso, porque às tantas isso é um problema meu e, se calhar, bem grave, mas que ultrapassa aquilo que eu afirmei no texto que antecede este, ou seja, pode ser que eu esteja estragado e doidinho, mas não por causa daquilo que afirmei e que mantenho -, que de futebol percebe o mesmo que Salazar percebia de putedo, embora andem agora aí a fazer do capadócio um garanhão .
Mantenho isto: Moutinho a 10 é como se me pusessem a mim, agora, quarentão, a jogar uma merda qualquer sem ser golfe ou bowling. Ou poker. Ou bilhar. Ou xadrez. Ou muitas outras merdas, menos coisas em que se tivesse de correr muito depressa.
Moutinho, a 10, não tem lugar em nenhuma equipa da primeira divisão da Islândia para baixo. Moutinho é um jogador... ora foda-se, vamos lá a ver. Eu gosto de bola e de ver jogadores a jogarem. O João Moutinho é um Gattuso, foda-se. É um aplicado, raçudo, chato e talentoso recuperador de bolas. E acontece que, depois, consegue sair a jogar. Ora se isto não é, no esquema de Paulo Bento, o exemplo acabado do número 6, que vem a ser então?
Para se ser 10 é preciso o quê? Ser o Rui Costa? Não. Isso era dantes e nunca o Rui Costa jogou em losango, que é uma merda duma táctica que faz o WM parecer actual. Nada disso. Num sistema de jogo interpretado pelos jogadores que se têm (e o Sporting tem os que tem, eu nem sabia que o Postiga não podia ou não ia jogar, pensei que sim, mas atenção, o que eu quero dizer é isto, o Sporting tem aqueles jogadores que tem e não tem lá outros) um treinador deve pensar assim: então e agora o que é que eu faço?
Se o Paulo Bento pensa que tem no Moutinho um 10, é burro. Não tem. Tem ali um 6.
Que é que faz um 6?
Um 6 recupera bolas, vai buscar jogo, passa a bola e chega-se a quem a passa tipo "olha eu aqui", ajuda a equipa a recuperar a bola e, depois, esforçada e talentosamente, vai ajudando a pô-la onde interessa, jogável, bonita, mais à frente. Num dos dele.
Que me desculpe quem tem da bola uma visão estrábica convergente. Eu não tenho. Vejo a bola por causa dos jogadores (nunca me verão comentar um Numancia - Osasuna, ou um Académica - Rio Ave, ou um Stoke City - Reading, por hipótese, e, antes que me venham explicar o que já sei, sei que o Reading desceu de divisão, portanto, enfim, caralho, evitem baixarias) mas, como sou do Sporting e vejo os jogos todos que posso do Sporting, já vi o suficiente para perceber que entre um 6 e um 10, naquele sistema, a diferença pode ser pequena e que pode bastar, para um sitema bacoco ser menos ridiculo, trocar o lugar do Moutinho com o do nosso patrono Rochemback.
Aqui não se fala há muito do Rochemback. Ora vamos lá.
É um gordo. Está bem, também o Maradona era. Não é rápido e o Maradona era? Pois, OK. Ou seja: não se faz dum Rochemback um Maradona. Certo? Certo. Mas o que é um 10, sem ser o Maradona? Muita coisa? Um Platini? Um Deyna? OK, isso, também, mas o que é um 10 no Sporting? Um Moutinho é que não é. Caralho, qualquer cego vê ali, no Moutinho, um 6 ( e no Veloso vê-se um cabrão para despachar depressa). No Rochemback, uma vez que está no Sporting, então que jogue onde tenha tempo para pensar, para temporizar, para depois executar (e se ele fosse melhor do que o que é a executar não estava no Sporting, lembrem-se disso) de maneira ... criativa. A 10? Sim, foda-se. A 10.
Por acaso, isso da criatividade eu creio que ele tem. Criatividade subjectiva. Creio mesmo que criou de si uma imagem em que pode ser quase todos os números duma equipa da bola, do 1 ao 11. Excepto o 6. O Moutinho é que é o 6. Chama-se a isto objectividade. Subjectiva. Objectivamente.
Olhem: eu nem sequer jogava naquele sistema, o losango é uma geometria estúpida. Só joga assim quem não tem jogadores para mais e para melhor. Mas a ser assim, queiram desculpar, e o comentador que me chamou doidinho e estragado que me desculpe antes de qualquer outra pessoa porque acabei de o ler e isto é mais com ele apenas por causa disso, a ser assim, em losango, o Moutinho é 6. A 10 nem sabe jogar, sequer. Tem pés de chumbo. De chumbinho, vá. É uma espécie de amigo meu muito antigo, tão antigo como eu, que se chamava Artur Estrada e que queria ser ponta-de-lança, à Yazalde, nos campeonatos entre turmas. Ficou na pequena história do liceu como o "Artur Estraga", era uma espécie de castigo.
Tenham paciência. O Sporting tem 3 jogadores com alguma classe, mais o Moutinho se jogar a 6. O resto é treta.

Posted by besugo on domingo, 8 de fevereiro de 2009 at 21:42

O besugo pode não estar doidinho nem estragado, mas precisa, no mínimo, de ler as coisas com mais atenção. Em momento algum eu disse que o Moutinho é melhor a jogar a 10 do que a 6; o que eu escrevi foi que o Moutinho é o único 10 de jeito no Sporting (talvez o Vuckcevik pudesse fazer essa posição, não sei - eu já tenho mais em que pensar com os Guarins e os Tomás Costas desta vida) pelo que obrigá-lo (porque ele fá-lo contrariado, já o disse) a jogar a trinco é uma patetice; e quando o jogador escolhido para fazer essa posição é o gordalhão do Rochemback (vou passar por cima daquelas comparações delirantes com o Maradona e não-sei-quê) então estamos já no domínio da azelhice (de quem o põe), mais do que da patetice. Basta ver o que foi o jogo de hoje contra o Braga.

Moutinho é 8! Enquanto o sporting jogar em losango nunca vai tirar partido do melhor moutinho. Aquele que se viu no primeiro jogo do euro (contra a Turquia, se não me engano) por exemplo.

O Moutinho é 6 , apesar de jogar com o 28.
O sporting está esquecido da cabeça, tem de ir ao ferrador.
Jogam como damas despeitadas e tremem com manjericos ao vento suão.
O Besugo é o maior, eu gosto de ler essas coisas.
Obrigado.

E quais são os 3 jogadores de classe? Liedson, POlga e Izmailov?

Vai pro caralho besugo.

O Maradona (com maiuscula) podia-se dar ao luxo de ser um putanheiro, gordo, drogado, bolchevista porque era o Maradona.

O Maradona tunha uma cena que o gosrodo do Rochemback não tem: talento para contrabalnaçar todos os seus vicios.

Assim, só vejo duas saidas para o Rochembac: ou aprende a jogar como o o Maradona (e nessa altura eu até lhe pago rodizios no Chimarrão) ou então abate os 300 kg de peso que tem naquela peida gorda.

Há uma terceira opção: bazar do Sporting.

Tenho dito.

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