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Diga 33


Não queria andar os dias nisto, mas deu-se que no sábado foi transmitida a mais importante peça de reportagem da selecção na Suécia, quando o Nuno Luz meteu o Magnusson em directo. Desde que o vi a levar com sacos carregados de urina do norte do país enquanto continuava a falar para as câmeras, que achei que este rapaz (o Nuno Luz) seria sempre uma garantia de grandes momentos televisivos. Mesmo quando passou para peças mais tranquilas, como na situação em que, numa pousada em Óbidos no estágio do Euro 2004, descrevia a textura e grau de dureza das almofadas dos quartos dos jogadores, soube sempre tirar partido da situação ("Petit, está pronto para fazer cara feia aos adversários?/oh!, eu não tenho cara bonita") e encontrar, não digo motivo de reportagem, mas uma pequena demonstração da dificuldade do seu trabalho. O Nuno Luz, quando está a decorrer um jogo de futebol, é um repórter de campo, que são aquelas pessoas que durante o tempo da partida avaliam a expressão (tranquilo/inquieto) e a posição (sentado/de pé) dos treinadores e que no fim do jogo procuram outros motivos de reportagem junto dos intervenientes, sendo que infelizmente não há Rui Costas suficientes que respondam que não têm como saber como está o ambiente no balneário porque ainda estão no relvado. A grande referência da reportagem de campo será possivelmente o Bernardino Barros, que me provocou sempre sentimentos contraditórios profundos, dado que por um lado o Carlos Daniel demonstrava nos relatos uma estima sincera pelo seu parceiro repórter de campo, e por outro lado era o Bernardino Barros. Já quem sempre me pareceu trabalhar completamente sozinho foi o Nicolau de Melo, no fundo um homem que fazia o trabalho do repórter de campo mas lá em cima na cabine da imprensa.

O que me trouxe aqui não era nada disto, mas o Índice de Massa Corporal actual do Magnusson (suponho que na casa dos 34,5), o seu cabelo escuro e a carreira do filho no Hóquei no Gelo profissional, bem como uma história que eu tinha sobre um rapaz da minha rua que viria a ser taxista e que era um entusiasta militante de dois jogadores: o Magnusson, de quem recebeu um autógrafo depois de o abordar à saída do estádio a guiar um Saab 900, e o Yuran, também chamado de Iuran por alguma imprensa, de quem sofreu o mais sincero desgosto de amor que alguma vez vi abater-se sobre um homem, quando ele se mudou para outro clube.

Posted by Sérgio on terça-feira, 14 de outubro de 2008 at 01:46

E como não lembrar Francisco Figueiredo, que naquela tarde de 14 de Maio de 1994, ao ver João Pinto rodopiar sobre aquele defesa, imediatamente antes do remate exclamou «ele vai rematar». Francisco Figueiredo que depois veio a explorar aquele restaurante entre o S. Carlos e o S. Luiz, com aquela esplanada cá fora debaixo das copas das árvores, que agora serve uns hamburgers de salmão meio esquisitos e que é um belíssimo sítio para recorar aquela tarde chuvosa em que o terreno estava «pesado» e portanto «desadequado» ao estilo de jogo de João Pinto, e que por falar em tarde chuvosa que...

Grande reportagem na Pousada! Acho que o Nuno Luz se deitava na cama envergando um belo robe acetinado. Ou isto aconteceu ou já é o mito a funcionar. Mas eu estava capaz de jurar.

O Rugby Portugal (rugby-pt.blogspot.com [brevemente] rugby-pt.com) tem o prazer de convidar todos os portugueses a visitarem e divulgarem este novo site que pretende compilar a maior quantidade de informação possível sobre o rugby nacional, oferecendo uma visão imparcial e optimista da realidade portuguesa.

uma visão imparcial e optimista? isso não é um bocado contraditório?

PS: parabéns pelo blog (este)

É o que dá meter gajos-que-gostavam-de-ser-o-Nuno-Luz a escrever, é só asneirada de quem tem relações com o futebol somente quando há jogos da selecção. Sérgio, não sei quem és, nem quero saber, mas é demasiado evidente que segues o futebol tipo mulherio. Ou seja, a partir de Maio. Rapaz: Bernardino Barros (BB) nunca foi na puta da vida dele repórter de campo. Nunca. Foi, é, comentador. Comentador. À parte isso, não tem em si todos os sonhos do mundo, mas trabalha no aeroporto de Pedras Rubras, vulgo Sá Carneiro. Comentador. Nunca repórter de campo. Comentador na TSF durante mais de uma década. E não é que goste dele. Agora, num blog que deveria ser sobre futebol vem-me um gajo a tentar piada sem ter em conta a verosimilhança das coisas... vou-me abaixo, caralho.

Madjer

E o Prémio 'Who cares?' vai para...
Madjer

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