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Um diário trágico


Enquanto ontem o Sporting espetava dois golinhos ao Barcelona eu estava a fazer um dos jogos da minha vida, tendo marcado os dois golos decisivos do 7-5 com que ganhámos. Ouvi ainda um pedido desesperado do inglês que eu estava a marcar para escolher outro gajo a cerca de quinze minutos do fim. Portanto, apesar da ressaca que eu levei para esse jogo e das três horas de sono, a vida corria-me bem. Houve ali um esticão na perna direita que me deixou um formigueiro nada preocupante, mas já lá vão cinco vitórias consecutivas no que me poderá trazer um jantarzinho de borla lá para Julho.

Quando acordei hoje de manhã, o meu gastrocnémio* da perna direita estava de tal modo contraído* que foi impossível vestir-me de pé e tive que me meter num táxi para ir trabalhar, não sem antes usar 25 minutos para o percurso de cinco que costuma levar-me a chegar ao multibanco. Senti ainda uma pequena febre ao longo das primeiras horas do dia, mas esta noite já não precisei de subir os degraus um a um. Terei que esperar pela manhã para saber até que ponto estamos perante uma inflamação* de dois ou três dias ou uma contratura* que me deixa fora da bola às quartas por três semaninhas.

A partir daqui um gajo sabe que o dia só pode correr bem e portanto precipitei-me numa aposta que envolvia o jogo que com certeza viram há bocadinho e uma situação nada favorável em caso de derrota, mas que bem vistas as coisas era impossível perder. A minha vida é no geral uma tragédia, mas eu teimo em não aprender lições simples e nem o facto de não poder ver toda a primeira parte do jogo, por ter que ficar a trabalhar, me alertou em condições para o que se estava a passar.

Acompanhei tudo no Record e assisti a uma determinada pessoa aqui do blogue a transformar 40 unidades monetárias em 100 em vinte e quatro minutos por ter apostado que seriam marcados mais de três golos. Suponho que se apostasse nos cinco os 40 se transformavam em 250, mas voltei a concentrar-me no minuto-a-minuto do Record. Pessoas da minha idade (1976) tendem a ver Arsenais e Leverkussens onde qualquer QI de dois dígitos vê Vigos, mas ao intervalo meti-me no táxi de volta onde o bigode sportinguista que me guiava já ria às gargalhadas na minha direcção ainda eu tentava entrar sem precisar de dobrar a perna direita. Ignorei as lágrimas de riso do banco da frente quando o taxista ouviu na rádio o Balboa a entrar e consegui chegar a tempo de ver os últimos vinte minutos. Não faço ideia do que se passou até aos noventa.

A Taça UEFA, ao contrário da minha vida, é uma coisa simples, o que pelos vistos enerva sempre o Benfica portanto está tudo bem e logo que eu oiça um bocadinho do Rui Santos ficarei mais tranquilo, mas pelo sim pelo não vou tratar de não me enfiar em aviões esta semana.



(* - Besugo, peço-lhe que acredite que o estimo e que as potenciais barbaridades que ali escrevi não o levem a um justificadíssimo bater com a porta aqui do blogue. Peço-lhe pelo Daniel, pelo maradona e pelo Casanova, que eu, enfim, não mereço nada)

Posted by Sérgio on sexta-feira, 28 de novembro de 2008 at 01:15

as melhoras...

deve haver alguma incorrecção relativamente às odds do over 2,5 golos.

Segundo vi num forum de apostas, esse over estava com odds à volta dos 2,24, e tendo em conta que eram odds de uma bolsa de apostas onde se obtém geralmente as melhores odds, fazendo as contas não chega para atingir as 100 unidades.

Não terá sido um over de 3,5 golos?

As melhoras

pode ter sido a odd do over 3.

As odds para o over 3 na William Hill eram 2.50. Aqueles 100 referem-se ao retorno total, 60 libras de lucro (que tenciono perder o mais rapidamente possível) mais o investimento inicial de 40.
Mas a felicidade resultante da noite de ontem não se esgota em quantias, evidentemente.

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