O baile
Tirando a noite de sábado em que posso ter-me excedido um nadinha sem razão, tenho sido simpático com os sportinguistas e hoje até nem vi a segunda parte do jogo por causa das coisas. Durante a manhã falei com dois deles que não fizeram outra coisa que não contar-me que não esperavam nada do jogo com o Basileia, isto é, esperavam o pior. Aliás, na verdade ouvi uma coisa ainda mais extraordinária: o maior receio vinha do que poderia vir a acontecer aos jogadores após o resultado. Isto fez sentido por uns segundos, mas percebi pouco depois que há medo do que possa acontecer a uma equipa do Sporting a seguir a um jogo independentemente do que se passar em campo. Não há nenhum resultado que sossegue aquela gente.
No Porto, por exemplo, é indiferente para qualquer atleta o que tenha acontecido no último jogo. Desde que a direcção lhes apresente todas as semanas o vídeo das suas famílias sequestradas em que exibam um jornal do dia, eles tratam de aparecer em campo e fazer o que lhes pedem.
O Benfica vive do jogo seguinte, em que por vezes chegamos mesmo (sim, sou eu) a decidir antecipadamente qual vai ser o resultado e preferimos não ver o jogo. Eu vivo num estado permanente de terror de qualquer jogo em que o Benfica participe, sobretudo se puder ganhar. Deve ter havido três jogos ao todo em que me convenci que a equipa estava a jogar melhor que o adversário (um dia digo quais foram). De resto, não há nenhum jogo em que aceite que estamos a dar baile.
Convinha ficar claro que desde que eu vi o Toni, por sistema, a tirar os dois laterais em simultâneo a dez minutos do fim e segredar umas coisas ao Isaías, que me convenci que o mais natural é ganhar o jogo, seja qual for o resultado àquela altura. Fui ver jogos daquele plantel do Artur Jorge com o Milão descansadíssimo quanto ao resultado (por acaso perdemos), mas o meu problema é o baile. Tenho uma incapacidade total de compreender que o Benfica está a jogar bem. Quanto a resultados, fui também ver o jogo da segunda mão com o Bayern de Munique depois de levarmos quatro secos lá, com a certeza absoluta que davam a volta e não fui ver o jogo da segunda mão daquela eliminatória com o Celta porque estive de cama quinze dias com uma broncopneumonia e tinha o trabalho de fim de curso para entregar. Isto para dizer que vou ao estádio amanhã e vou passar o jogo a olhar para o Reyes e ver se me consigo enganar a mim próprio e convencer-me que a vitória por 3-0 foi justa.
No Porto, por exemplo, é indiferente para qualquer atleta o que tenha acontecido no último jogo. Desde que a direcção lhes apresente todas as semanas o vídeo das suas famílias sequestradas em que exibam um jornal do dia, eles tratam de aparecer em campo e fazer o que lhes pedem.
O Benfica vive do jogo seguinte, em que por vezes chegamos mesmo (sim, sou eu) a decidir antecipadamente qual vai ser o resultado e preferimos não ver o jogo. Eu vivo num estado permanente de terror de qualquer jogo em que o Benfica participe, sobretudo se puder ganhar. Deve ter havido três jogos ao todo em que me convenci que a equipa estava a jogar melhor que o adversário (um dia digo quais foram). De resto, não há nenhum jogo em que aceite que estamos a dar baile.
Convinha ficar claro que desde que eu vi o Toni, por sistema, a tirar os dois laterais em simultâneo a dez minutos do fim e segredar umas coisas ao Isaías, que me convenci que o mais natural é ganhar o jogo, seja qual for o resultado àquela altura. Fui ver jogos daquele plantel do Artur Jorge com o Milão descansadíssimo quanto ao resultado (por acaso perdemos), mas o meu problema é o baile. Tenho uma incapacidade total de compreender que o Benfica está a jogar bem. Quanto a resultados, fui também ver o jogo da segunda mão com o Bayern de Munique depois de levarmos quatro secos lá, com a certeza absoluta que davam a volta e não fui ver o jogo da segunda mão daquela eliminatória com o Celta porque estive de cama quinze dias com uma broncopneumonia e tinha o trabalho de fim de curso para entregar. Isto para dizer que vou ao estádio amanhã e vou passar o jogo a olhar para o Reyes e ver se me consigo enganar a mim próprio e convencer-me que a vitória por 3-0 foi justa.
Posted by Sérgio on quinta-feira, 2 de outubro de 2008 at 01:37
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lembro-me de um jogo com o milan na luz (quartos de final 94/95?) em que, apesar do artur jorge, o benfica deu baile e ainda conseguiu empatar zero e zero. acho que foi nesse jogo que um remate do isaías bateu nos dois postes. e o joão pinto ficou a 5 cm de altura de ter bisado de cabeça.
Posted by João Gaspar | 2 de outubro de 2008 às 07:31
Sérgio, és um bastião da elegância. Eu vou estar no sector 23. E só há vitórias justas quando o Nuno Gomes marca, pelas óbvias razões.
Posted by Lourenço Cordeiro | 2 de outubro de 2008 às 09:52
temos blog sobre bola. com opiniões facciosas, mas livres, de quem pensa pela própria cabeça. espero que os oliveiras nunca vos consigam comprar.
Posted by Anónimo | 2 de outubro de 2008 às 10:55
Para falar verdade acho que estes gajos não percebem muito de bola.
As postas deles têm muita parra e pouca uva.
Se querem bons blogs de bola vão ao Algarve Desunited, ao Cromos da Bola ou ao Diario de Um Adepto Benfiquista.
Estes gajos, indepentemente do clube vivem o futebol a cada segundo da suas vidas. Não são uns diletantes da bola como voces.
Posted by Harry Lime | 2 de outubro de 2008 às 13:57
Ok, está visto qual é o elo mais fraco do blogue.
Pelo menos literáriamente o Sporting continua a ganhar por mil de avanço.
Posted by Anónimo | 2 de outubro de 2008 às 15:23
Sérgio, és o gajo da conversa sobre jazz com o Tiago Galvão? Se fores, sou teu fã, pá!
Posted by Anónimo | 2 de outubro de 2008 às 23:26